Este conto começa como começaria uma piada:
Um mineiro e um colombiano no Rio, decidem escalar o Pão de Açúcar. Antes de subir, o colombiano está com fome, e o mineiro compra um folhado de bacalhau e um açaí. O salgado é embrulhado para viagem. Os dois chegam na base da pedra às 17:30 hs. Tentam um via nova (para eles), a qual já estava sendo feita por dois chilenos. Depois que os chilenos atingem o cúme, nossos dois personagens começam a subir. A via é boa, mas tem umas partes esquisitas, sobre tudo pela grampeação longa. No último largo, eles ficam na dúvida, revisam o guía, e encontram como subir. A segurança desta última parte é feita da maneira mais artesanal. Para esse instante, já o sol está quase mergulhando no oceano. Segue a parte final da trilha, a qual é feita com ajuda de uma lanterninha de cabeça, e às 20hs eles chegam no cúme. Mas, ô surpresa! Tudo está desligado, até a porcaria do bondinho. Eles percorrem, em um estado de cansaço absoluto, todos os becos e vielas do mirador até encontrar dois seguranças: um velho que quase nem fala, e outro mais novo que quase não consegue parar de falar. Ele lhes da a má notícia do dia, devido às ações no militares no complexo do Alemão, o expediente do pessoal que opera o bondinho acabou antes das 20hs, assim que os dois escaladores estão obrigados a pernoitar na cima do morro. Aquí vale a pena lembrar que aquele salgado é a única coisa para a janta. Logo de escutar piadas, por parte do segurança novo,
até às 0hs do dia seguinte, começou a chover, e bom, os quatro, os seguranças e os escaladores, ficaram recluídos baixo do teto dos banheiros do mirante (a única parte quente nessas horas da noite). Depois de dormir umas poucas horas, obviamente no chão, com um edredom de papelão, os dois (digamos que) babacas, desceram o morro às 5hs do dia seguinte. Simplestmente Só Alegria!
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